domingo, 26 de fevereiro de 2012

MULHER DE FASES

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Faça por merecer que eu faço acontecer...
... é disso que o mundo mais precisa: de pessoas que valham a
pena...
...
A impressão que tenho é de que estamos todos tentando
satisfazer um mesmo desejo, porém de maneira tão individualista e ansiosa que
perdemos a noção do que realmente importa.Assim, a carência afetiva tem
se transformado numa verdadeira epidemia. Vivemos num mundo onde tudo o que
fazemos nos induz a “ter” cada vez mais. Um celular novo, um sapato de outra
cor, uma jaqueta diferente, uma viagem em suaves prestações...E enquanto
isso, nos sentimos cada vez mais vazios. Nossa voz interna faz um eco que chega
a doer; e tudo o que poderia nos fazer sentir melhores seria “apenas” um pouco
de carinho.A carência é tão grande, a sensação de solidão é tão forte
que nos dispomos a pagar por companhia, por uma remota possibilidade de
conseguir um pouco de carinho. Talvez você argumente: “de forma alguma, eu nunca
saí com uma garota ou um garoto de programa; jamais pagaria para ter
carinho!”.Pois é, mas não é de dinheiro que estou falando. Estou falando
das escolhas que fazemos, indiscriminadamente, em busca de afeto; das relações
sexuais fáceis e fugazes, da liberação desenfreada de intimidade, da cama que
chega às relações muito antes de uma apresentação de corações... Expomos nossos
corpos, mas escondemos nossos sentimentos de qualquer maneira!!!Ou, ao
contrário de tudo isso, estou falando da amargura e do mau-humor que toma conta
daqueles que não fazem nada disso, que se fecham feito ostras, criticando e
maldizendo quem se entrega, quem transa, quem sai em busca de
afeto...Enfim, os extremos demonstram exatamente o quanto pagamos. De
uma forma ou de outra, estamos pagando pelo carinho que não damos e pelo carinho
que, muitas vezes, não nos abrimos para receber.Ou seja, se sexo
realmente fosse tão bom, poderoso e suficiente quanto “prometem” as revistas
femininas, as cenas equivocadamente exageradas das novelas ou os sites eróticos,
estaríamos satisfeitos, não é? Mas não estamos, definitivamente não
estamos!Sabe por quê? Porque falta conteúdo nestas atitudes, nestes
encontros. Não se trata de julgamento de valor nem de pudor hipócrita. Não se
trata de contar quantas vezes já esteve com alguém para saber se já pode transar
sem ser chamada de ‘fácil’...
Trata-se de disponibilidade para dar e receber afeto de
verdade, sem contabilizar, sem morrer de medo de parecer tolo; sem ser, de fato,
pegajoso ou insensível... apenas encontrar a sua medida, o seu verdadeiro desejo
de compartilhar o seu melhor!Muito mais do que orgasmos múltiplos,
precisamos urgentemente de um abraço que encosta coração com coração, de um
simples deslizar de mãos em nosso rosto, de um encontro de corpos que desejam,
sobretudo, fazer o outro se sentir querido, vivo. Tocar o outro é acordar as
suas células, é revivescer seus poros, é oferecer um alento, uma esperança, um
pouco de humanidade, tão escassa em nossas relações.Talvez você pense:
mas eu não tenho ninguém que esteja disposto a fazer isso comigo, a me dar este
presente. Pois é. Esta é a matemática mais enganosa e catastrófica sob a qual
temos vivido. Quem disse que você precisa ficar à espera de alguém que faça isso
por você?!?Não! Você não precisa, acredite! De pessoas à espera de
soluções o mundo está farto! Precisamos daqueles que estão dispostos a “serem” a
solução! Portanto, se você quer vivenciar o amor, torne-se o próprio amor, o
próprio carinho, a própria carícia. Torne-se a diferença na vida daqueles com
quem você se relaciona, para quem você se disponibiliza.A partir de
hoje, ao invés de sair por aí dizendo que vai “beijar muuuuito”, concentre-se na
sua capacidade de dar afeto e surpreenda-se com o resultado. Beije sim, sem se
preocupar se é muito ou pouco. Beijar é bom, muito bom, sem dúvida; mas
empenhe-se antes em trocar afeto, em se relacionar exercitando o respeito pelo
outro, o respeito por si mesmo... e estou certa de que os encontros valerão
muito mais a pena!

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